Oi!!!!!!!!!!!!!
Acabo de sair do chuveiro, depois de ter passado um dia maravilhoso aqui em Halifax.
O dia começou com uma caminhada que levaria cerca de 6 horas pra terminar e me levou a conhecer todo o perimetro Sul da cidade de Halifax. Comecei saindo da Agricola St., esquina com a Roberts St. onde estou morando, caminhei pela Quinpool Rd. até o Flynn Park, no extremo oeste da cidade. Depois desci a Jubilee e andei até a Robie St. que foi quando a minha linda, querida e amada mulher me ligou. A ligaçao durou cerca de 51 minutos... Foi uma bençao porque ela só me contou coisas boas e me fez ficar tranquilo com a certeza de que tudo está correndo bem por lá. Deus está no controle e eu não devia nem ficar preocupado, mas o meu coração humano fica receoso às vezes infelizmente. Graças a Deus depois dessa ligação pude ficar bem mais tranquilo. Aliás a ligação foi um dos motivos do meu dia ter sido tão agradável. Fiquei até mais leve. Quando desligamos eu estava perto do extremo sul da peninsula que é Halifax, num parque chamado Point Pleasant Park. As fotos que vou postar falam por si mesmas. O lugar é fantastico. Antes de chegar em Point Pleasant passei por umas ruas residenciais com casas muito bonitas e algumas bem diferentes do modelo padrao que a gente sempre ve aqui no Canada. O canadense em geral é bem conservador e as casas são em geral muito parecidas. Mas nas ruas que passei hoje vi algumas casas bem diferentes e modernas. Algumas até lembram casas de condominios de luxo que vemos no Brasil. Justiça seja feita, o Brasil tem arquitetos muito bons e as casas são bem mais ousadas e modernas que as casas aqui na América do Norte. Não tirei fotos das casas porque são ruas residenciais e não quis arriscar encontrar um dono ou dona de casa que achasse que eu estava espionando ou invadindo a privacidade deles. As fotos dos parques em que passei no entanto estão muito boas (modéstia à parte). Na verdade não precisei de nenhum talento especial para fazer fotos bonitas nos lugares em que passei hoje. As paisagens são tão bonitas que seria difícil conseguir tirar fotos ruins, mesmo que eu quisesse.
Depois de caminhar por quase todo o parque subi pela Young Ave. e seguindo uma dica de uma das minhas roommates fui até a Lower Water St. em busca de um mercado que ela disse que eu encontraria por lá. Antes dei uma paradinha pra comer em um Tim Hortons porque já eram 2 da tarde. Eu havia começado minha caminhada por volta de 9:45 da manhã. O Tim Hortons foi minha primeira parada (parada de verdade, com direito a sentar e descansar um pouco) depois que comecei a caminhada. Na Lower Water eu fui até o Pier 21 (o verdadeiro Pier 21) que ficou famoso por ter sido o porto de entrada de milhões de imigrantes até os anos 70, quando foi desativado. Passei então em uma Plaza muito bonita e que parece ter sido remodelada recentemente. As lojas são chiques e as vitrines muito bonitas e a Plaza fica em frente ao mar, o que dá um charme especial ao lugar. Tem restaurantes e cafés que provavelmente colocam mesas do lado de fora no verão. Fui então até o Farmer Market, o mercado que a minha roomate tinha me falado. O lugar é bem interessante, bem voltado a turistas. Infelizmente já eram quase 4 horas e não tinha muita loja aberta nem muita gente por lá. Subi então até a Barrington St., que é a rua onde fica meu trabalho e entrei em um Shopping que tem lá chamado Scotia Square. Dei uma parada no banheiro, comprei um chiclete e decidi procurar um cinema prá conferir a versão de Alice in Wonderland do Tim Burton.
Filminho mais ou menos (mais ou menos, mesmo!). Só não estragou meu dia porque gosto tanto de cinema que mesmo filme ruim é diversão pra mim. Mas assistir ao filme só serviu prá reforçar minha convicção de que a estória original é uma obra-prima da literatura. Isso mesmo que você leu. E mais. Não considero a obra do Lewis Carrol em nada uma obra infantil. Ambos Alice in Wonderland e Through the Looking-Glass compõe uma obra inovadora e revolucionária que tem tanto apelo hoje como a 100 anos atrás. O script de Alice do Tim Burton foi escrito usando a velha fórmula que 99% dos escritores lançam mão para contar uma estória. Tim Burton junta, obedecendo essa fórmula, personagens malvados de um lado, heróis destemidos de outro e vitimas indefesas a serem resgatadas das garras do malvado vilão pra completar o quadro. A narrativa segue do ponto A ao B, passando pelas inevitáveis cenas de tensão e suspense, tão tipicos e repetitivos que chegam a dar sono. Carrol, ao contrário, lança mão de uma f'órmula completamente diversa. No enredo da Alice original não existe a legião costumeira de vilões, heróis e vítimas indefesas. Nem o desenrolar da trama faz você ter a certeza do que esperar na próxima cena seguindo o velho padrão 'paz-conflito-felizes para sempre' que a maioria das estórias sempre seguiu.
Carrol conseguiu com sua Alice romper muitos dos jargões literários anteriores a sua obra. Especialmente no que diz respeito a literatura jovem. Infelizmente nada da obra original foi levada às telas pelo diretor Tim Burton. Melhor ir até o Blockbuster mais próximo e alugar Alice in Wonderland produzido pela Disney em desenho animado nos anos 50. Aliás, pra quem não sabe, a versão brasileira desse desenho teve o poeta Vinícius de Moraes como um dos responsáveis pelas versões das músicas junto com o compositor Braguinha. A letra de algumas músicas estão entre as melhores versões que já vi do inglês para o português. Vale mesmo a pena conferir.
Bom... hora de ir pra caminha... vou colocar as fotos e dois vídeos que fiz dos lugares em que estive hoje. Enjoy!
Deus os abençoe a todos.
Uma das poucas fotos de casas que consegui tirar.
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