segunda-feira, 31 de maio de 2010

Muito Romântico

Hoje estou particularmente romântico... Próximo dia 13 de junho será nosso primeiro aniversário de casamento, depois de 12 anos! Não entendeu nada, né mesmo? Não se preocupe, às vezes nem eu mesmo entendo. Anyways, estou preparando o espírito para esta data tão especial e, portanto, o Blog também tem que entrar no clima.
Hoje vou falar sobre um dos maiores ícones do romantismo de todos os tempos: Elizabeth Barrett Browning!
Além de uma grande poetisa, ela também era xará da minha mulher. Ou seja, tenho mais de um motivo para ter escolhido falar sobre essa famosa escritora. Considerada uma das mais importantes poetisas da Inglaterra Vitoriana, Elizabeth Barrett Browning começou a escrever poemas aos 6 ou 8 anos e não parou até a sua morte aos 55 anos de idade.
Um de seus poemas, conhecido como 'Sonnet from the Portuguese', ficou muito popular depois de ter sido usado em um dos desenhos da série 'Snoopy' (Be My Valentine, Charlie Brown) quando a personagem Sally Brown lê o poema no dia dos namorados.
Aqui eu reproduzo a versão em português:


E em inglês:


Elizabeth nomeu esta série de sonetos (o soneto que aparece no desenho é o de número 43), em homenagem ao apelido que seu marido lhe dera 'the portuguese', e também porque ela usa a mesma estrutura dos versos escritos pelo poeta português Luís Vaz de Camões.
A poetisa sofreu durante quase toda sua vida com uma doença que os médicos da época falharam em diagnosticar e passou a tomar grandes doses de morfina para aliviar as dores que sofria, o que eventualmente a tornou dependente da droga.
Uma das coisas mais marcantes na vida dela, entretanto, foi a dedicação e o amor que a unia ao seu marido, Robert Browning, a quem ela dedicou a série de sonetos.
Ela dedicou seu último trabalho ao marido e alguns de seus poemas só foram publicados depois de sua morte por Robert.
Já não existem poetas como ela hoje em dia (aliás, creio mesmo que não existe mais poeta algum nos dias de hoje), e o amor que inspirou a vida dela está cada vez mais difícil de se encontrar no corre-corre do dias atribulados em que vivemos hoje, onde a pressa é inimiga da contemplação e onde ninguém tem mais tempo a perder com poesia ou romance.
De qualquer modo, eu ainda gosto. E porque eu gosto, reproduzo para vocês:



XLIII. "How do I love thee? Let me count the ways..."
by Elizabeth Barrett Browning (1806-1861)

How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of Being and ideal Grace.
I love thee to the level of everyday's
Most quiet need, by sun and candle-light.
I love thee freely, as men strive for Right;
I love thee purely, as they turn from Praise.
I love thee with a passion put to use
In my old griefs, and with my childhood's faith.
I love thee with a love I seemed to lose
With my lost saints, --- I love thee with the breath,
Smiles, tears, of all my life! --- and, if God choose,
I shall but love thee better after death.

E aqui uma tradução minha:

"Como eu te amo? Deixe-me dizer como.
Eu te amo com a profundidade, largura e altura
Que minha alma pode alcançar, ao sentir-se longe do olhar
Pelos confins do Ser e da Graça divinal.
Eu te amo ao nível da necessidade mais silenciosa de cada dia,
À luz do sol e à luz da vela.
Eu te amo livremente, como os homens lutam pelo seus direitos.
Eu te amo puramente, como eles se afastam da soberba.
Eu te amo com uma paixão que havia
Em minhas velhas mágoas, e com a fé da minha infância.
Eu te amo com amor que eu parecia ter perdido com
meus entes idos, --- Eu te amo com a respiração,
Sorrisos, lágrimas de toda minha vida! --- E, se Deus assim escolher,
Eu te amarei ainda melhor após minha morte."

Brigadu, minha querida esposa Elizabete, por me ensinar, a cada dia, o real significado da palavra AMOR.

Fiquem com Deus e tenham uma boa noite.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

O Lugar de Onde Eu Vim

Olá!

Ontem publiquei alguns vídeos de onde estou morando...

Hoje vou colocar vídeos do lugar de onde eu vim.

Enjoy!







Fiquem com Deus e uma boa noite!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O Lugar Aonde Eu Moro...

That's the place where I live... Check it out:









Have a good night of sleep and may God bless you!

terça-feira, 25 de maio de 2010

Blue Jay No Meu Quintal


Olá!

A América do Norte é habitat de uma ave chamada Blue Jay. Embora essa ave habite praticamente toda a América do Norte, ela apenas reproduz sob solo canadense. Provavelmente por isso ela tem sido tão grandemente associada e esta nação, como no caso dos famosos Toronto Blue Jays, um time de baseball bem famosos por essas bandas. Quando eu cheguei aqui no Canadá fiz alguns bicos antes de começar a trabalhar na minha área e entre esses bicos eu trabalhei como fotógrafo de eventos esportivos infantis, principalmente baseball. A garotada leva o esporte bem a sério, e acompanham seus ídolos favoritos - da mesma forma como, no Brasil, a molecada sabe tudo sobre os seus jogadores preferidos. Esses times-mirins são batizados com nomes que lembram o time mais importante de baseball por essas bandas. E como todos eles querem usar o mesmo nome (Blue Jays), é um tal de 'Junior Blue Jays' prá cá, 'Future Blue Jays' prá lá e assim vai...



Mas só falei tudo isso prá dizer que hoje ao chegar em casa encontrei um desses pássaros pousado numa cerca perto daqui. Nunca tinha visto um de tão perto e fiquei impressionado com a beleza desse pequeno pássaro. Suas penas são de um azul impressionante e o 'topete' que ele exibe orgulhosamente com certeza lhe dá uma aparência única e especial. Embora ele seja um pássaro conhecido pelos sons que emite, não tive o prazer de ouvi-lo cantando, mas creio que com a primavera cada vez mais forte aí fora, não vai demorar muito para eu ouvir suas 'cantadas' em busca de companhia.



É muito bom viver num lugar tão próximo à natureza e poder experimentar essas pequenas surpresas de vez em quando. Em mais de uma oportunidade já nos deparamos (quando ainda estava em Ontario), com animais cruzando nossos caminhos, e não foram apenas esquilos e coelhos. Cerca vez ao voltarmos da igreja, em Toronto, nos deparamos com uma família de RAPOSAS! É isso mesmo, raposas em plena cidade grande! Outra vez eu e a Bete estávamos em Mississauga, mas bem próxmos de Toronto, fazendo uma pesquisa para tentar encontrar um sofá para nossa sala. Ao entrarmos em um estacionamento de um shopping, encontramos dois castores, que aliás é um animal-símbolo do Canadá. E eles estavam em um estacionamento em Mississauga!



É claro que apesar de ser muito bom vemos esses animais tão próximos da gente, é ao mesmo tempo triste sabermos que, se estamos encontrando com eles, é porque o seu habitat está sendo invadido por nós e eles estão perdendo seus territórios. Essa invasão está mudando hábitos e fazendo com que muitos animais tenham que se adaptar a um novo modo de vida, frequentemente bem menos adequado à sua sobrevivência do que o seu modo natural de vida. Muitos animais acabam por mudar completamente a sua estratégia de busca por alimento, por exemplo, e terminam por viver exclusivamente de restos de comida que eles encontram em latas de lixo.



Um dia estava tocando violão no basement da nossa primeira casa lá em Mississauga, quando vi pela porta de vidro um Opossum, que é um animal bem curioso. Ele estava do lado de fora e quase morri de susto, porque à primeira vista ele se parece com um rato gigantesco. Esse animal tem caracteristicas bem interessantes. Por exemplo, ele se finge de morto quando se sente ameaçado (daí vem uma expressão daqui que diz 'playing possum', ou seja, fingindo-se de morto, que é mais ou menos o nosso 'dando uma de joão-sem-braço') e dorme pendurado pelo rabo em galhos de árvores. Por essas e outras é um animal muito explorado por cartunistas e criadores de personagens de desenho-animado. Um dia conversando com um amigo no trabalho ele me falou que esse animal na verdade não é original do Canadá, mas dos EUA e que ele atravessa a fronteira geralmente dentro de caminhões ou mesmo automóveis de passeio.




O encontro mais recente que aconteceu com o pessoal lá de casa, porém, foi quando o Raul cruzou o caminho de um gambá, que por aqui é chamado de skunk (não confundir com 'skank', que é ouuuuuuutra coisa...). O Raul conta que ele estava voltando prá casa quando se deparou com o bicho na rua. Como o bichinho é bem característico, com a sua inconfundível listra nas costas que não deixa dúvidas quanto à sua natureza, o Raul tratou de 'sair fora' e se desviar do caminho do animal. O mais engraçado é que o bicho começou a seguir o Raul, que teve que sair correndo prá se livrar da perseguição. Agora imagina se o bichano resolve soltar o seu 'cheirinho' em cima dele? Aí a experiência teria sido completa, eheheh...
Brincadeiras à parte, torço para que essa invasão dos espaços naturais pare de acontecer e que de alguma forma a humanidade consiga conviver com a natureza sem destruí-la.
O Canadá ainda é um santuário natural para muitas espécies, mas isso não vai durar muito se a gente não começar a agir com mais consciência e respeito por aquilo que está ao nosso redor.

Fiquem com Deus amigos, e tenham todos uma boa noite!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

De Volta a Halifax e Um Pouco Sobre Midias e Mentes

Olá!

Acabo de chegar de Ontario. A viagem, embora um pouco cansativa, foi rápida e sem maiores problemas. Cheguei inteiro, graças a Deus. A família em Mississauga está bem e com saúde, graças a Jesus. Fiquei os três dias curtindo a mulher e os meninos e matando a saudade, que não é pouca. Graças a Deus falta menos de dois meses para eles mudarem para cá. Deus é Grande!

Mudando de assunto, eu estava navegando pela Internet e me deparei com esse vídeo. É um curto documentário que fala sobre um grande jornal tentando se reinventar para sobreviver às exigências (ou falta de) dos leitores de hoje. O link original você encontra aqui: Documentário revela bastidor das mudanças na Folha.



Ao ver o vídeo me lembrei imediatamente do importantíssimo texto Is Google making us Stupid? do Nicholas Carr (http://en.wikipedia.org/wiki/Nicholas_G._Carr) que alguém do trabalho me enviou outro dia para eu dar uma lida. Nesse texto, que em português seria algo como 'O Google está nos tornando estúpidos?' Carr não fica só na superficialidade da maioria dos escritores que têm escrito sobre a Internet e a mudança óbvia que essa mídia está promovendo na forma como as novas gerações absorvem informação e na relação dessas gerações com o conhecimento e o pensamento crítico. Carr vai mais além e pinta um quadro bem completo e informativo dos caminhos que a humanidade já percorreu até chegar ao momento em que nos encontramos, em termos de conhecimento e comunicação desse conhecimento. O texto em si é uma ode à boa leitura e nos dá um pouco de alento, ao nos deixar com a boa impressão de que nem tudo está perdido e ainda existem pessoas que amam a leitura e sabem escrever bons textos. Mas o otimismo fica por aí, porque o raciocínio que o texto descreve nos leva a contemplar um futuro não muito promissor para os meios de comunicação tal como os conhecemos. Carr descreve como ele mesmo sente-se cada vez menos preparado para enfrentar longas leituras e sugere que sua capacidade de concentração está severamente afetada pela leitura rápida e superficial a que a Internet o expõe muitas horas por dia.
O texto, publicado na Atlantic Magazine em 2008, cresceu para virar um livro: The Big Switch: Rewiring the World, From Edison to Google, que está na minha lista para próximas leituras.
Quanto a mim, ainda estou tentando visualizar toda essa mudança (que certamente é muito mais profunda do que a nossa cabeça treinada nas velhas formas pode entender, pelo menos completamente) e formar uma opinião crítica a respeito. Até agora o que eu vejo é o novo tomando o seu lugar do velho sem pedir licença, como sempre tem feito na história da humanidade e, se isso é bom ou ruim, só o tempo é que pode dizer.

Um grande abraço e fiquem com Deus!

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Preparando as malas...

Olá!


Tô preparando a mala para amanhã cedinho partir em direção à Mississauga para matar a saudade da família. Já faz quase um mês desde a última vez que estive lá e a saudade tá grande. Como por aqui será feriado na segunda-feira, eu vou poder ficar um pouquinho mais por lá.
Por aqui tá tudo tranquilo e hoje o dia foi normal no trabalho. O clima aqui tá ficando cada vez mais quente mas ainda tem um ventinho meio frio e alguma chuva de vez em quando. Em compensação a Bete me falou que em Mississauga essa semana chegou a dar 28 graus!
Parece que o verão chegou mais cedo por lá. Good for me, que vou aproveitar o fim-de-semana de sol e poder vestir umas roupas mais leves enquanto estiver por em Mississauga.
Bom, vou ficando por aqui e devo voltar a escrever só na segunda-feira, quando estiver de volta.


Um grande abraço e fiquem todos na Paz do Senhor!

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Não vejo a hora...

Olá!


Nesse próximo fim-de-semana vou dar um pulinho em Mississauga para matar a saudade, aproveitando o feriado prolongado em comemoração ao Victoria Day. Não vejo a hora de pegar o vôo para Toronto, e também não vejo a hora de trazer a família para cá para que possamos começar a nossa vida aqui em Halifax. Ficar sozinho aqui não tem sido fácil e estou contando os segundos para nossa re-união familiar. Estou fazendo uma lista grande de coisas para fazer aqui em Nova Scotia com eles. Atividades não faltam, principalmente relacionadas com a natureza. Nova Scotia é conhecida por suas belezas naturais, que incluem paisagens fascinantes, praias belíssimas e cidades pitorescas de grande valor histórico. Além disso estou acrescentando à minha lista coisas como: whale watching (sair em um pequeno barco para ver baleias de pertinho http://www.novascotiawhalewatching.ca/); visitar o museu do Pier 21, que era o porto de entrada dos imigrantes até os anos de 1970 (http://www.pier21.ca/); visitar Cape Breton, uma ilha que todo mundo por aqui afirma ser a oitava maravilha do mundo (http://capebretonisland.com/); e outras cositas más que só vão ter graça se eu for com a família. E coisas prá fazer e lugares para visitar não faltam por aqui. O verão está chegando e com ele a minha querida família. Deus é bom e nos traz bonança mesmo depois da pior tempestade.
Dá uma olhada nesse vídeo com algumas das maravilhas que você vai encontrar quando vier a Nova Scotia. Depois me diz se o lugar não é um espetáculo!





Fiquem com Deus e tenham uma boa noite!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Desculpem a nossa falha

Olá!

Já faz uns dias que não publico nada, né mesmo?
Peço desculpas, mas tenho estado meio ocupado com os detalhes da preparação da nossa mudança definitiva aqui prá Halifax. Pode não parecer, mas é um projeto e tanto... Mesmo tendo estado aqui no Canadá há apenas dois anos e meio, a gente juntou um bom número de cacarecos... Vou ter que providenciar a mudança dos móveis, porque seria muito dispendioso vender tudo lá e comprar de novo aqui em Halifax. Também tem a escola das meninas, que eu tenho que verificar antes da mudança. E a escola aqui é determinada pelo local onde você mora. Portanto eu tenho que ter pelo menos uma idéia de onde nós vamos morar, para começar a pesquisar as escolas... Também tenho que encontrar uma casa e esta é uma das partes mais difíceis do processo, porque a minha mulher - que tem que ver a casa antes da gente escolher - não está aqui! A idéia é a seguinte: eu faço uma pesquisa, escolho algumas casas junto com ela pela internet. Eu envio as fotos das casas e a descrição de cada uma e escolhemos juntos quais são boas candidatas para ir para a final. Depois de termos feito uma seleção, a Bete vem passar uns dias aqui e olhamos juntos as casas e decidimos. Se nenhuma for escolhida, começa o processo de novo... Dá prá ver que não é lá muito fácil, né? Mas não tem outro jeito. Outra coisa que vai requerer muito cuidado e atenção é a mudança em si. Temos que sincronizar da melhor forma possível o dia em que vamos deixar a casa em que a Bete está morando lá em Mississauga (que é alugada), o quarto em que estou morando atualmente (também alugado, é claro) e a casa para onde vamos nos mudar. Temos que sincronizar da melhor forma possível para evitarmos ter que pagar mais aluguel do que é preciso. Enfim, tem um monte de coisa que eu tenho que fazer e pensar a respeito e isso tem tomado boa parte do meu tempo. Passo muitas horas procurando casas na Internet, pesquisando preços, procurando caminhões para a mudança, verificando a melhor rota para vir de Mississauga para cá etc. Sobra pouco tempo prá escrever aqui no Blog. Além disso ainda tenho que lidar com a saudade (que é muito grande) e também tenho que evitar ficar muito tempo no computador (a primavera está lá fora e se eu ficar aqui dentro só olhando prá essa máquina vou terminar ficando deprimido).
Portanto, desculpem a falha na publicação dos posts. Vou tentar melhorar e publicar alguma coisa todo dia, nem que seja uma mensagem curtinha. Mas se eu não conseguir, peço de antemão que compreendam e me desculpem.

Um grande abraço e fiquem com Deus.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Árvores, Folhas e Lição de Vida

Olá!

Para aqueles que não sabem, eu sou casado. Temos três filhos. Caso ainda não tenham notado, tem uma foto da minha família aí do lado, ó. Embora pareçam que são todos irmãos, na verdade a loira de blusa azul e canela de fora é minha mulher (tenho certeza que ganhei uns pontos com a patroa depois dessa!). Dois dos nossos filhos nasceram antes de nos conhecermos. São filhos do primeiro casamento dela. Cerca de um ano depois de chegarmos aqui no Canadá, a avó paterna dos nossos dois mais velhos veio fazer-nos uma visita e ficou hospedada em nossa casa. Acho que durante uns dois meses. Ela ficou muito feliz em ter vindo, não só por ter tido a chance de visitar os netos, mas também porque nunca tinha feito uma viagem para um país estrangeiro em toda sua vida. Ela gostou muito do Canadá, de tudo o que viu e dos lugares que visitou. Ela veio nos visitar no outono/inverno e uma das coisas que mais lhe chamou a atenção foi a mudança na paisagem durante as estações. Para aqueles que não sabem, aqui em cima nós temos as quatro estações do ano bem definidas: inverno, primavera, verão e outono, que trazem - cada uma - uma paisagem completamente diferente, especialmente em relação à vegetação.
No outono, as árvores começam a se transformar e o verde das suas folhas dá lugar a uma variedade de cores que vão do amarelo ao vermelho-sangue. É muito bonito de se ver.


Quando o inverno vai se aproximando, as árvores vão perdendo toda as suas folhas e ficam peladinhas, peladinhas. A sábia natureza trata de se livrar das folhas no inverno, principalmente porque no frio congelante as folhas seriam totalmente inúteis para servir de fonte de energia para a árvore. O que a árvore sabiamente faz é se livrar de todas as suas folhas, mas antes ela 'suga' todo o seu conteúdo. Por isso a folha vai perdendo sua coloração. A árvore armazena no seu interior tudo o que antes ficava em suas folhas e fica 'hibernando' durante todo o inverno, sem folha alguma, usando o mínimo de energia possível, só esperando chegar a primavera para voltar à vida plena.


Quando a primavera chega, as folhinhas voltam a crescer. É impressionante assistir a esse fenômeno. Quando vi isso pela primeira vez fiquei bobo com a velocidade com que a folhagem cresce na primavera. Ainda me espanta ver as árvores sequinhas, peladas em uma semana, e na semana seguinte vê-las cheias de folhas verdes e viscoças. Quando você chega aqui no inverno, você tem a impressão que está tudo morto, seco. Mas na primavera tudo volta à vida e fica verde de novo. É realmente um espetáculo da natureza. Não é à toa que a literatura dos países do hemisfério norte é tão recheada com estórias e referências à primavera e a metáforas relacionadas ao ciclo das estações. É de fato algo que fica marcado na memória de quem assiste.



Depois da primavera vem o verão e a gente tem a impressão que a natureza vai explodir a qualquer momento. Tudo fica superlativo nessa estação e a gente sente a força da vida por todo o lado, nos envolvendo como que num abraço. Envolvendo, literalmente, porque o calor aqui chega a atingir temperaturas realmente altas. Por alguns dias a gente até se engana pensando que está de volta no Brasil. Infelizmente (para alguns), passa logo.


Então dá prá imaginar como a avó dos meninos ficou encantada com toda essa demonstração da natureza, em toda sua exuberância. Como ela esteve aqui durante o outono/inverno, o que chamou a atenção dela foi a perda das folhas das árvores. À medida que os dias iam passando e íamos entrando cada vez mais no inverno, as árvores que ainda mantinham suas folhas ficavam cada vez mais raras de se encontrar e toda vez que via uma dessas árvores, ela exclamava, encantada: "Olha só como essa árvore é forte e resistente! Ela é dura na queda! Está resistindo até o último momento! Não se entrega, mesmo com o inverno avançando ela mantém as folhas!". Eu sentia, ao ouvir ela falar com tanto entusiasmo sobre a 'resistência' das árvores, que ela estava fazendo um paralelo com a nossa condição humana, e como algumas pessoas têm mais 'resistência' que outras e se recusam a deixar o tempo vencê-las, mantendo suas 'folhas' até o último momento. Com certeza ela mesma se via como uma dessas pessoas 'resistentes', porque apesar de sua idade, ela é uma mulher cheia de vida e saúde com uma disposição de fazer inveja a muita gente bem mais jovem. Ver aquelas árvores resistindo e mantendo as folhas era para ela uma metáfora que lembrava a sua própria disposição de viver e manter a 'seiva' da vida correndo por suas veias ainda por muito tempo. E eu peço a Deus que isso aconteça, e que ela continue cheia de vida por muito tempo ainda.
No entanto eu vejo aquelas árvores de uma maneira diferente.
Sabe, nem sempre lutar contra a natureza é a coisa mais sábia a fazer. Aquelas árvores perdem as folhas por um motivo. Elas precisam deixar as folhas caírem, para atravessar o inverno e dar lugar às novas folhas que estão por vir na primavera. Às vezes perder não é tão ruim quanto parece e se a gente se recusa a deixar ir o que precisa ir, fatalmente perderemos a chance de receber o que deveria chegar no seu lugar. Jesus Cristo nos diz que "quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á" Mt 16:25. E logo em seguida "quem perder a vida por minha causa achá-la-á" Mt 16:26. A lição dessas árvores que deixam suas folhas caírem para dar lugar ao novo é a mesma lição que Cristo nos deixou. Porque se apegar ao que pertence ao passado, ao que já foi, que já está condenado à morte? Porque resistir? Melhor deixar para trás todo o peso das coisas mundanas e terrenas e seguir em direção ao alvo maior, Cristo Jesus.
Toda vez que, no outono, eu me deparo com uma árvore perdendo todas as suas folhas, ficando peladinha, feinha, raspada, me vem à mente o que vai acontecer alguns meses mais adiante, quando as novas folhas vão cobrir todos os seus galhos e deixá-la ainda mais bonita do que ela era. Esse é o milagre da vida, e creio que Deus nos deixou esse presente para nos lembrar de como nós também podemos trocar nossas velhas folhas por outras novinhas e perfeitas. Basta termos a coragem de deixar ir o que deve ir, para recebermos o que está para chegar: VIDA, e VIDA em abundância, como Ele nos prometeu!

Tenham todos uma boa noite e fiquem com Ele, o Deus Todo Poderoso criador da Terra, das árvores que nela habitam e das folhas que se renovam a cada nova estação!

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Oh Pedaço de mim... Oh Saudade de Ocê...

Perdão, mas ultimamente não tenho me sentido muito inspirado não...
Tô com muita saudade.



Uma boa noite e fiquem com Deus.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Hollywood é logo ali...

Olá!

Hoje pela manhã uma surpresa me esperava na esquina perto aqui de onde eu estou morando. Ao sair para ir para o trabalho me deparei com um set hollywoodiano que tomou conta de toda a rua. Ao passar eu dei uma boa olhada nos equipamentos do set. Não é à toa que os artistas desses filmes ficam tão perfeitos atrás da telona. A parafernália eletrônica usada para a filmagem, a julgar pela quantidade e qualidade, deve fazer até o Tiririca ficar parecido com o George Clooney (ou com a Angelina Jolie, dependendo da tecnologia...). Tentei dar uma espiadela para além de onde a câmera estava apontando para ver se eu reconhecia alguma estrela, mas não consegui.
Na verdade Hollywood filma muito aqui no Canadá, por conta de custo e também porque alguns filmes requerem sets que não são fáceis de encontrar mais nos EUA (como é o caso de filmes de faroeste, por exemplo). Um filme famoso que foi filmado em parte por aqui (em Calgary, na verdade) foi 'Ungorgiven' (Título no Brasil, 'Os imperdoáveis'). Quem assistiu 'Resident Evil: Apocalipse' pôde conhecer a prefeitura de Toronto (Toronto City Hall) em uma das cenas mais 'quentes' do filme.


 
Um filme que eu gosto muito e que foi totalmente filmado numa cidadezinha do interior do Canadá é o 'Roxanne' do comediante Stevie Martin. A cidade foi toda transformada para o filme (colocaram bandeiras dos EUA nos prédios públicos etc.) e até hoje o fato é comemorado e usado pela cidadezinha como atração turística: (http://www.angelfire.com/film/nelsonbc/roxanne.html). E a cidade é liiiiiiiiinda. Se Deus permitir vou dar uma conferida assim que o trabalho permitir.

Você pode checar outros filmes famosos que foram filmados todos ou em parte por essas bandas, neste site aí embaixo:

http://www.bukisa.com/articles/26942_ten-famous-box-office-hits-filmed-in-canada

Então é isso. Espero que tenham gostado de mais essa sessão de 'Canadian Useless Culture' ou, em bom brasilês: 'Cultura Inútil Canadense'.

Um grande abraço e até a próxima, se Deus quiser.

Fiquem na graça e na Paz do Senhor Jesus Cristo!

domingo, 9 de maio de 2010

Feliz dia das Mães + Passeio a Timberlea

Olá!

Como não podia deixar de ser, aproveito o post de hoje para desejar à minha mãe, em especial, e a todas as mães, em geral, um Feliz dia das Mães!
Continuando a série "visitando lugares de Nova Scotia", hoje fui até Timberlea, uma das cidades que formam a municipalidade da HRM (http://en.wikipedia.org/wiki/Halifax_Regional_Municipality). O percurso foi mais ou menos esse aí:


View Larger Map

Fui andando mas voltei de bus porque começou a cair uma chuvinha fina e não queria arriscar pegar um resfriado. O lugar é muito bonito, cheio de lagos e muita árvore para todo lado. Passei por um grande centro comercial que fica perto do Bayers Lake e tomei nota prá voltar lá mais vezes. Tem muita coisa prá conferir, com certeza. Como o tempo fechou eu não consegui tirar muitas fotos, como havia planejado. Em todo caso seguem as fotos que eu tirei.










Fiquem com Deus e um bom restinho de domingo.

sábado, 8 de maio de 2010

Where the Wild Things Are





Olá!


Em primeiro lugar, desculpem por não ter postado ontem. Falha nossa...
Acabo de assistir ao belíssimo 'Where the Wild Things Are' http://www.imdb.com/title/tt0386117/ ('Onde Vivem os Monstros' na versão brasileira). Definitivamente um achado. O filme foge das adaptações convencionais e mexe com o expectador da primeira à última cena. Agora fiquei com vontade de ler o livro do Maurice Sendak, no qual o filme se baseia.O trabalho do diretor Spike Jonze (que também dirigiu o aclamado 'Being John Malkovich', título no Brasil 'Quero ser John Malkovich', que teve três indicações para o Oscar em 2000) não é apenas para crianças, muito embora o filme tenha cenas engraçadas e fale uma linguagem bastante acessível. O melhor de 'Where the Wild...', está na atmosfera que o diretor criou, que fala muito mais à mente de adultos que vão reconhecer a si mesmos no garoto Max, seus medos, frustrações e acessos de ira.
Jonze fez o seu dever de casa com 'Where the Wild...'. E. se você gosta de um bom filme, passe na locadora, prepare alguma pipoca apague as luzes e venha para onde vivem os monstros...

Fiquem com Deus e tenham uma boa noite.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Rapidinho...





Olá!


Hoje vou passar rapidinho só prá dizer que aqui tá tudo bem, o trabalho está tranquilo, choveu hoje depois das 5:00 da tarde (eu peguei boa parte da chuva na volta prá casa...) e Deus continua no controle de todas as coisas, ALELUIA!!
Também prá comentar que vi no Google Reader sobre o trabalho desses dois brasileiros que espalham arte pelas ruas. Dá uma olhada:

http://www.6emeia.com/bigwall.php

Os artistas Anderson Augusto e Leonardo Delafuente transformam a paisagem urbana à sua volta, dando nova vida e forma ao que encontram pela frente. Tampas de bueiros, muros e bocas-de-lobo ganham colorido e bom-humor nas mãos desses dois artistas. É bom saber que tem gente disposta a agir para mudar o mundo, ainda que seja apenas pondo um pouco de cor e alegria nele.

Uma boa noite a todos e fiquem com Deus.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tulipa Prá Tudo Quanto É Lado!!!




Olá!

O Canadá é um país jovem mas com uma história muito rica e bastante peculiar. Fatos curiosos e eventos fascinantes (alguns muito tristes, trágicos até, e outros tocantes e inpiradores) têm marcado a história dessa nação cujo nome (para alguns historiadores, originalmente 'kanata') significa 'Vila' na língua dos povos que aqui habitavam antes da chegada dos Europeus. Jacques Cartier (que se acredita ter sido o primeiro a chamar o lugar por esse nome) não poderia ter sido mais feliz na escolha. O Canadá de hoje se assemelha bastante com essa 'vila' ou 'aldeia' onde povos de diferentes nações se encontram para trabalhar em busca de um futuro melhor para si e seus descendentes. Assim como a história da origem do nome do país, outros fatos interessantes podem ser contados a respeito do passado do Canadá, especialmente nas épocas de conflitos internacionais, dos quais o Canadá tem tido participação bastante ativa, principalmente nas duas Grandes Guerras Mundiais. Eventos trágicos, como a primeira tentativa (frustrada, obviamente) de invasão da Europa ocupada pelos nazistas na II Guerra Mundial, que contou com a presença maciça dos canadenses, que perderam suas vidas em número maior do que qualquer outra nação aliada, durante a fracassada invasão, conhecida como A Batalha de Dieppe. Só prá você ter uma idéia, foram enviados para a batalha cerca de 5000 soldados canadenses e apenas 50 americanos... Os canadenses até hoje são ressentidos com o fato, porque eles acham que foram usados meio como 'bucha de canhão' pelos aliados. De fato, até a II Guerra Mundial e as campanhas vitoriosas nas quais o Canadá teve participação decisiva, os soldados canadenses eram considerados como 'soldados amadores' e não eram levados muito a sério pelas outras potências.
Uma outra história interessante que também está ligada à II Guerra Mundial foi a que deu origem ao Festival de Tulipas do Canadá (http://www.tulipfestival.ca/). Durante a Guerra, a princesa Juliana, da Holanda, estava exilada no Canadá juntamente com a Família Real, fugindo da invasão alemã ao seu país. Em 1943, a princesa deu à luz à princesa Margriet, no Civic Hospital of Ottawa. Como as leis na Holanda só permitem que um monarca possa chegar ao trono se for nascido em solo holandês, o governo canadense resolveu o problema decretando, durante o nascimento da menina, o hospital como sendo solo holandês, através de lei (na verdade o hospital foi declarado temporariamente solo internacional, sendo assim possível a princesa herdar a cidadania de sua mãe, tendo assim direito ao trono). Em agradecimento ao fato do governo canadense ter dado abrigo à Família Real durante a ocupação nazista, o governo holandes, em 1945, presenteou o Canadá com 100.000 tulipas. Em 1946, a princesa enviou outras 20.500 tulipas, prometendo enviar mais 10.000 a cada ano. Assim teve início o Festival Anual de Tulipas que ocorre em Ottawa e que comemora o surgimento de milhões de tulipas na cidade todos os anos. Para quem não conhece essa flor, uma curiosidade: a tulipa nasce de um tuberculo, semelhante à batata, que fica enterrada durante todo o ano, e você não tem sequer idéia de que ela está lá escondida esperando para aparecer. Uma vez por ano, pelo mês de Maio, a flor vem à tona e dura apenas algumas semanas. Muito interessante, não?
Quando eu mudei para a nossa primeira casa aqui no Canadá, eu não sabia que o último morador havia plantado tulipas na frente da casa. Quando os moradores saíram, a dona da casa mandou plantar grama nova na frente para deixar a casa mais bonita e mais fácil para alugar. A grama, é claro, cobriu o canteiro de tulipas e quando chegou a primavera eu percebi que em alguns lugares o gramado estava se levantando, cada dia mais um pouquinho. Um dia um amigo nosso que é canadense estava nos visitando e quando ele passou pelo gramado exclamou 'hum... parece que você tem tulipas plantadas aí hein?'. Eu não fazia a mínima idéia do que ele estava falando. Mas, de fato, alguns dias depois elas apareceram e encheram a frente da casa de cor e beleza!

Fiquem todos com Deus e bom descanso!

terça-feira, 4 de maio de 2010

O Ataque do Papel Digital

Olá!


A Google acaba de anunciar sua entrada na guerra dos fornecedores de conteúdo digital. Dá só uma olhada: http://online.wsj.com/article/SB10001424052748703866704575224232417931818.html.
Já tinha um tempinho que a Google vinha oferecendo livros e revistas 'out-of-print' (ou seja, que saíram de circulação) no seu site (http://books.google.ca/bkshp?hl=en&tab=wp). O Google Books oferece, além de edições antigas de algumas revistas, a possibilidade de leitura de conteúdo parcial de vários títulos de livros. Esse site da Google já está há algum tempo no ar e rendeu ao pessoal da empresa um processo que ainda está rolando na justiça que tenta impedir a gigante da Internet de publicar esse conteúdo.
Agora, porém, a Google resolveu entrar de vez no mundo da venda de conteúdo digital (livros, revistas etc.) para tentar abocanhar uma fatia do mercado que cresce cada vez mais e parece ser a próxima galinha dos ovos de ouro de Wall Street. O que acontece é que o mercado de publicações em papel que vinha definhando há muito tempo está dando seus últimos suspiros e grandes jornais, revistas e editoras foram reduzidas a uma fração do seu antigo tamanho. Jornalistas e escritores profissionais estão cada vez mais ameaçados em suas profissões porque, embora se produza cada vez mais informação, essa informação é hoje disponibilizada gratuitamente através da Internet. Claro que todo mundo acha maravilhoso poder ler as últimas notícias sem ter que ir até a banca comprar um exemplar de jornal, mas isso tem um custo e quem está pagando são as empresas e profissionais que por muitos anos viveram exatamente da venda dessas informações. Hoje tem escritores não-profissionais que gratuitamente fornecem matérias para os sites fornecedores de informação, tirando o pão da boca dos jornalistas e escritores profissionais. Por outro lado as empresas não têm como bancar o salário de produtores de matérias, porque o conteúdo é, na sua maioria, disponibilizado gratuitamente e os dindin que vem da veiculação de comerciais na Internet não chega a ser muita coisa.
E agora, com o advento de tecnologias cada vez mais adequadas à leitura prolongada (como, por exemplo a E Ink Corp - http://www.eink.com/ ) e a chegada de devices portáteis mais eficazes, com baterias mais duradouras e preços acessíveis, a demanda pela compra de conteúdo (conteúdo aqui significa qualquer tipo de informação a ser disponibilizada/vendida) tem crescido a olhos vistos. Veja o caso dos Ebooks, por exemplo. A Amazon lidera a preferência do mercado atualmente com o Kindle (http://www.amazon.com/Wireless-Reading-Display-International-Generation/dp/B0015T963C), um device bonito, ergonômico, eficiente e que permite que você compre os livros/revistas/jornais diretamente nele, sem ter que conectá-lo a um computador, ao contrário do Ebook da Sony (http://www.sonystyle.ca/commerce/servlet/CategoryDisplays?storeId=10001&catalogId=10001&langId=-1&categoryId=100537) que, apesar de ter a preferência de um grande número de adeptos, pelo tamanho, peso e por oferecer touch-screen, precisa que você o conecte a um computador para comprar conteúdo. Além disso, alguns usuários reclamam que a loja da Sony tem poucos títulos em comparação com a Amazon. A Barney&Nobles tem o Nook (http://www.barnesandnoble.com/nook/index.asp?r=1), na minha opinião o mais bonitinho de todos e também o que reúne mais tecnologia e oferece melhor experiência de leitura. A impressão que dá é que ele foi feito por gente que gosta de ler e entende o que um Ebook deve oferecer para fazer a leitura mais prazeirosa.
Em meio a essa guerra de Ebooks, surgiu há um mês o iPad, da Apple, prometendo botar fogo na guerra já acirrada dos Ebooks. A diferença principal do device da Apple é que ele não usa a tecnologia de tinta eletrônica, o que pode fazer com que a leitura prolongada na telinha do iPad se torne um problema. Para os que não conhecem, a tecnologia de tinta eletrônica permite que a tela se assemelhe a uma folha de papel comum. Como a tela não é iluminada, mas reflete a luz como o papel, você pode ler na praia, por exemplo, debaixo do sol do meio-dia, sem problemas. E também não vai experimentar o cansaço nos olhos típico de exposição prolongada à leitura de informação em telas convencionais de computadores (como é o caso da tela do iPad). A vantagem do produto da Apple, no entanto, é que ele está oferecendo uma experiência de acesso à informação sem precedentes. Quem já teve oportunidade de experimentar e ler conteúdo no novo aparelhinho jura que nada se assemelha à experiência. O Wall Street Journal, por exemplo, está batendo records de acessos à sua aplicação no iPad. A diferença, dizem, é que os jornais criaram páginas na Internet que simplesmente tentavam copiar o formato do jornal em papel, adicionando pouco ou quase nada do que a tecnologia digital permite. Porém, no caso do iPad, os jornais e revistas estão usando e abusando dos recursos do device, como vídeos, som, interatividade etc.
Ainda hoje estava lendo um artigo que dizia que essa onda de devices de leitura de conteúdo eletrônico está com força total e já se pode sentir o ressurgimento das cinzas do mercado de publicações. Parece que finalmente a tecnologia fez as pazes com a leitura e as profecias de que o computador e a tecnologia iria decretar a morte dos livros não parecem estar se confirmando. Ao invés de significar o fim de livros, jornais e revistas, a era digital parece estar apenas reinventando o modo como vamos ter acesso a essas publicações no futuro.
A primeira revolução aconteceu quando os chineses criaram a tipografia.
A segunda parece estar apenas começando...

Um grande abraço e fiquem com Deus.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O futuro já chegou, e fala Mandarim...


Olá!

Viver em um país aberto a imigrantes tem a grande vantagem de expor você a diferentes culturas e backgrounds, fazendo com que você fique sintonizado com o mundo, te dando uma visão bem mais abrangente do que está realmente acontecendo com a aldeia global: prá onde as coisas estão apontando e que direção os eventos têm seguido ultimamente.
Se você ainda não percebeu meu amigo, é melhor abrir os olhos, porque o povo dos zóin fechado está tomando conta do planeta, a passos largos. Há algum tempo atrás, acreditava-se que os japoneses é que seriam os herdeiros do mundo, devido ao crescimento fenomenal que aquele país teve no pós-guerra. A cortina comunista escondia muito do que estava acontecendo do outro lado do muro (ou devo dizer muralha?) enquanto os chineses faziam seu dever de casa, consolidando as instituições, formando um exército de mestres e doutores, ampliando e modernizando seu parque industrial e, principalmente, copiando e melhorando tudo o que vinha do Ocidente. O regime totalitário de Beijin permitiu que o governo chinês executasse projetos que em países democráticos seria quase impossível. O governo lá pode decidir sobre a vida dos seus cidadãos sem ter que dar satisfação alguma à sociedade, ou ter que negociar com outros poderes, como o legislativo ou o judiciário. A China cresceu nos últimos anos a uma taxa muito superior a qualquer outro país, exatamente porque o país funciona como uma máquina. Uma engrenagem forte, construída nos últimos cinquenta anos, usando como modelo o capitalismo Ocidental que hoje é responsável pelas exportações imbatíveis da China. O combustível? o povo que, muito embora em sua esmagadora maioria não participe da distribuição da fatia do bolo, considera os líderes chineses seus benfeitores, tão idolatrados como santos ou quase deuses.
Há algum tempo atrás conheci uma chinesa natural de uma cidade portuária que serviu de base americana na segunda guerra e que hoje tem uma das maiores taxas de crescimento na China. A cidade tem prédios modernos, torres fantásticas, pontes futurísticas, é super bem cuidada, com um projeto urbanístico de fazer inveja a qualquer capital da Europa (principalmente nos dias de hoje, quando a Europa está tão sofrida e castigada...). O nome da cidade é Dalian, e você pode dar uma checada na Wikipedia prá entender o que estou falando: http://en.wikipedia.org/wiki/Dalian
Pois bem, embora a cidade tenha uma indústria poderosa, parques belíssimos, prédios suntuosos etc., a chinesa me disse que o salário que um trabalhador médio ganha lá mal dá prá sobreviver. Os apartamentos caros e casas de luxo são comprados por estrangeiros especulando no mercado de imóveis e uma minoria tem condições de comprar a casa própria ou ter um carro. Essa minoria, aliás, pode comprar muitas casas e carros de luxo, porque concentram a riqueza da China em suas mãos. Boa parte dessa classe privilegiada é formada por políticos ou mega-empresários que fizeram fortuna usando influência e aproveitando o alto nível de corrupção no governo.
Essa é a realidade da China de hoje. De um lado, milhões de trabalhadores trabalhando por quase nada (como é que você acha que os chineses conseguem vender os produtos deles a $1.99???) e de outro uns poucos empresários enriquecendo a custa do sangue de muitos. E, no meio (ou acima, melhor dizendo), os governantes corruptos deitados em berço esplêndido...
Mas tem uma coisa... goste ou não dessa realidade, é melhor ir se acostumando, porque a China está tomando conta de tudo. Basta você dar uma olhada no produto que você acabou de comprar, seja qual produto for. 99% de chance de você conseguir ler em algum lugar os seguintes dizeres: MADE IN CHINA.
A China exporta praticamente TUDO, hoje em dia. Prá você ter uma idéia, o Canadá tem uma das maiores florestas de pinheiros do mundo. Mas se você for comprar um móvel por aqui, provavelmente estará comprando madeira MADE IN CHINA e a um preço muito mais baixo do que a madeira nativa do Canadá. Como os chineses conseguem fazer isso, mesmo tendo que acrescentar o frete nos produtos, eu não sei...
Anyway, prepare-se! A próxima língua que você vai precisar aprender muito provavelmente será MANDARIM!
Abaixo alguns sites onde vocês podem ver o futuro. Ele já chegou. E tem os zóin puxado...

http://pt.wikipedia.org/wiki/Xangai

http://www.mundi.com.br/Fotos-Xangai-382606.html

Um abraço e fiquem com Deus!

domingo, 2 de maio de 2010

Google Maps em 3D

Olá!

Hoje vou postar mais cedo porque acabo de descobrir uma nova feature do Google Maps que é realmente interessante. Agora você pode ver o mapa de algumas cidades em 3D através do site, do mesmo modo que você já fazia usando o Google Earth. A Google colocou no ar um vídeo explicando como funciona e como tirar proveito da nova tecnologia. Você pode inclusive tirar uma 'foto' do mapa em 3D e enviar para os seus amigos, por email. Dá uma olhada você mesmo. Aqui estão algumas cidades interessantes prá olhar:






New York,
Toronto,
Paris,
Egipt,
Sydney - Australia,
Rio de Janeiro.


Tenham um bom dia e fiquem com Deus.

sábado, 1 de maio de 2010

Passeio no Sir Sandford Flemming Park

Olá!

Finalmente o passeio que eu tanto planejei deu certo... Hoje fui até o outro lado da península, no lado oeste da cidade. O trajeto foi mais ou menos esse aqui ó:


O tempo estava muito bom, embora tivesse um ventinho chato soprando a boroeste... Mas o sol saiu, a temperatura estava por volta dos 13 graus centigrados... enfim, tudo contribuiu para um dia abençoado.

Eu segui pela Quimpool Rd. até chegar ao extremo oeste da Península de Halifax, depois segui até o outro lado, em direção ao Chocolate Lake, Melville Cove, passando pela Deadman's Island e finalmente chegando no Sir Sandford Flemming Park de onde eu voltei. As fotos e alguns vídeos estão aí embaixo para vocês terem uma idéia do passeio de hoje.
Fiquem com Deus e tenham todos uma boa noite!





















The Commons

Melville Cove

Deadman's Island

Sir Sandford Flemming Park

Fim do Passeio